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Suécia apoia economia verde no Brasil

Ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, disse que a economia verde pode ser uma porta tanto para o mundo enfrentar a mudança do clima como para renovar a economia.

“Não acredito em congelar a sociedade nas crises”, disse o primeiro ministro da Suécia, o economista Fredrik Reinfeldt, a uma plateia de empresários brasileiros e suecos ontem, em São Paulo. “Quando o navio está afundando é melhor salvar os marinheiros, não o navio.” Ele acredita que a economia verde, com novas oportunidades de negócios e empregos, pode ser uma porta tanto para o mundo enfrentar a mudança do clima como para renovar a economia.

 

Na Suécia a sustentabilidade não é só discurso. Desde 1991 o país tem uma taxa para o uso de recursos naturais e para poluir. “Dar um preço para o recurso natural é a ferramenta mais eficiente para diminuir a pressão no ambiente e continuar a crescer”, disse. Reinfeldt deu números. O país destoa de seus pares europeus, mergulhados em crise financeira, e vem crescendo ano a ano ao mesmo tempo em que as emissões de CO² despencam. Já diminuíram 17% em relação aos níveis de 1990, enquanto o crescimento da economia bateu em 50%. “Reduzir o impacto ambiental não quer dizer comprometer o crescimento, e a Suécia mostra que isso é possível.”

 

Um grupo de empresários suecos ligados a transporte, infraestrutura, construção e inovação o acompanhava em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). São Paulo, tradicionalmente, sempre foi a segunda maior cidade industrial da Suécia, mas é provável que já seja a primeira, consequência da ligação entre os dois países e do fato de que a produção industrial tende a deixar a Suécia. Mais de 200 empresas suecas estão no Brasil, algumas há mais de um século.

 

Tord Svedberg, presidente do Swedish Environmental Research Institute, disse que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é uma oportunidade para o Brasil investir em tecnologias limpas.

 

Johan Karlström, presidente e CEO da Skanska, empresa do setor da construção com 52 mil funcionários no mundo (5 mil no Brasil) lembrou que edifícios com maior eficiência energética, melhor utilização de água e reciclagem de material fazem economia e emitem menos gases-estufa. A empresa vem trabalhando em projetos verdes em aeroportos e hospitais.

Fonte: Valor Econômico

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