IPEVS

Tigre-da-tasmânia emboscava suas presas, diz estudo

O tilacino era conhecido como tigre-da-tasmânia, por sua pele listrada, ou lobo-da-tasmânia, por sua aparência canina. Porém, novas pesquisas indicam que a estrutura óssea e os hábitos de caça do Thylacinus cynocephalus podem tornar mais adequada a designação de “tigre”.

Embora o marsupial atualmente extinto tenha vivido em zoológicos até a década de 1930, pouco se sabe sobre sua vida na natureza. Mesmo assim, segundo o relato de pesquisadores na revista “Biology Letters”, o formato de seus cotovelos oferece algumas pistas de seu comportamento – e coloca em dúvida um motivo amplamente aceito para sua extinção.

Os autores classificaram 32 espécies de mamíferos em três grupos: predadores de emboscada, como tigres; predadores de rapina/perseguição, como raposas, que empregam pequenas caçadas; e predadores de perseguição, como lobos, que seguem suas presas por longas distâncias e podem cooperar para abater animais maiores. Eles descobriram que os grupos podem ser caracterizados pelas articulações do cotovelo – mais flexíveis nos animais que caçam sem correr muito, e mais rígidas nos corredores de longas distâncias.

O tilacino, com seu cotovelo flexionável, seria mais como um predador de emboscada. Embora suas garras não retráteis sugerissem que ele não lutava com sua presa, ele quase certamente não a perseguia como um lobo.

Segundo Christine M. Janis, autora do estudo e professora de biologia da Brown University, em Rhode Island, a descoberta complicou ainda mais a história da extinção do tigre-da-tasmânia na Austrália.

“As pessoas deduziram que a imigração do dingo, uma subespécie do lobo, teria sido o motivo da extinção”, disse ela. “Mas o tilacino tinha um estilo de caça diferente do dingo e isso indica que provavelmente não foi uma questão de simples substituição competitiva”.

Fonte: Portal iG

Deixe um comentário