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Brasil é vanguardista em florestas plantadas, diz Elizabeth Carvalhaes

Durante painel da RISI, executiva da Bracelpa demonstra que acredita no setor do País.

A presidente da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), Elizabeth Carvalhaes, participou do segundo painel da 6ª edição do RISI Anual Latin American Pulp and Paper Conference, que está sendo realizado nesta terça-feira (30), em São Paulo, e destacou dois pontos principais para o setor na sua ótica: a luta por parte das empresas pela diminuição de impostos e a necessidade de fomento das florestas no Brasil. Ela anunciou no evento que o País será um expertise no setor florestal de forma multiuso.

No entanto, a CEO mostrou que grande parte das empresas do setor que exporta no Brasil está sendo vítima de fraudes fiscais. “O setor papeleiro jamais defenderia uma retração. Somos o primeiro a alavancar a exportação, mas não podemos aceitar uma fraude nas questões fiscais”, destacou. O cenário de incertezas econômicas ainda faz com que os mercados trabalhem cada vez mais com subsídios indesejáveis do mercado. “A competição de mercado está desequilibrada”, apontou.

Já Marcos Assumpção, CFO do Banco Itaú, fez um comparativo com celulose e papel e sinalizou que infelizmente no Brasil quanto mais agregado o produto for (imposto, taxas de juros, custo de capital etc), o papel acaba sendo um produto menos aceitável do que a celulose no Brasil. “Um novo projeto de papel no Brasil será em prazo de dois anos”. O que acontece ao contrário na China, que recebeu em 2007, cerca de 33 bilhões de dólares em subsídios para a indústria papeleira. “Praticamente impossível competir com um mercado deste”, avaliou Carvalhaes. A executiva disse ainda que com a depreciação do dólar, o País passou a ter competividade e a ser um produtor e exportador proeminente.

Florestas
Para Elizabeth Carvalhaes há um forte potencial do Brasil no setor de florestas plantadas. “O Brasil pretende ser reconhecido pela extrema capacidade florestal. E esse universo vai aumentar”. Setores como a nanotecnologia e a biotecnologia serão fundamentais neste processo, segundo ela. “O Brasil vai ocupar espaço no mundo”.

Quanto à certificação das florestas, a executiva mostrou que essa ainda é a garantia de reputação. “Todas as florestas no Brasil serão certificadas”, comenta. Como todo o crescimento mundial, o que ficou claro para os participantes da conferência é que até 2022 o mundo vai demandar 22 milhões de toneladas de celulose, para cobrir um crescimento de consumo de papel, principalmente no que se refere a papel cartão.

Fonte: Celulose Online

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