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Servidor público e pesquisadora da UnB preservam pássaros no DF

Servidor já registrou 180 espécies de pássaros no Bosque da Câmara.
Tapaculo-de-brasília está ameaçado de extinção, diz pesquisadora da UnB.

Fotografia de Pedro Cavalcante, servidor da Câmara que registra pássaros do cerrado (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Fotografia de Pedro Carneiro, servidor da Câmara que registra pássaros do cerrado (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Um funcionário da polícia legislativa da Câmara dos Deputados está catalogando os pássaros que vivem na área do bosque localizado ao lado da Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Pedro Carneiro é fotógrafo nas horas livres e já conseguiu registrar 180 espécies de pássaros. O trabalho já rendeu milhares de fotos, exposições e catálogos. Quando tem tempo livre, o servidor público vai para o bosque em busca de novas espécies.

Entre os colaboradores do fotógrafo estão os lavadores de carros que trabalham nos estacionamentos da Câmara e os jardineiros que cuidam do bosque. Segundo Carneiro, eles são os observadores voluntários e passam informações sobre localização dos animais e novos ninhos.

Além de cuidar da área verde, os voluntários são “pesquisadores informais”. Eles anotam e relatam as espécies encontradas no bosque, como gaviões e carcarás. Para atrair e preservar os pássaros, os voluntários plantaram árvores frutíferas como aroeira e murici. Em alguns espaços foram colocadas jangadas, feitas de bambu, e garrafas plásticas com água para que os animais bebam água.

Mas toda essa variedade de animais encontrada no bosque da Câmara não é a realidade em outros pontos da cidade. Uma pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) está buscando um pássaro típico do cerrado que estaria, segundo ela, em extinção.

O tapaculo-de-brasília está desaparecido, segundo a pesquisadora, por causa da degradação ambiental. O pássaro, tipicamente brasiliense, foi descoberto em 1958, durante a construção da capital e sempre foi considerado uma espécie rara. Há 30 anos, 68 deles foram registrados em todo o Distrito Federal.

Desde o ano passado, Luane Reis dos Santos, percorre os pontos onde a ave pode aparecer. Ela explica que é necessário descobrir onde ele vive para protegê-lo. Até agora, foi possível localizar dois exemplares. Um deles estava próximo de São Sebastião, região administrativa a 26 quilômetros de Brasília, e o outro na Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, no noroeste do Distrito Federal.

Fonte: Do G1 DF, com informações do Bom dia DF

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