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Queimadas se alastram em Brasília; há suspeita de incêndios criminosos

Incêndio na Floresta Nacional de Brasília já é o maior da história. Destruição atingiu 85% da mata.

Em Brasília, equipes do corpo de bombeiros se revezam para combater as queimadas. Há suspeitas de incêndios criminosos. São muitas áreas ocupadas por lotes irregulares, por isso, o Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, não descarta a possibilidade de incêndios criminosos. Já são mais de 3,2 mil focos. A seca já dura 94 dias e domingo (11) foi o dia mais quente do ano, com 33°C e umidade em 13%. A previsão mais otimista é que a chuva em Brasília venha no inicio de outubro.

Um fim de semana sem descanso para os bombeiros que combatem as queimadas no Distrito Federal. O Hercules C-130, da Força Aérea, também foi usado na luta contra o fogo. Foram 16 sobrevoos. Em cada um, 12 mil litros de água eram despejados.

Os incêndios começaram na quinta-feira (8). Até agora, as labaredas já queimaram uma área equivalente a 20 mil campos de futebol. Uma das regiões mais atingidas é a Floresta Nacional de Brasília, que teve uma destruição de 85% da mata. Na floresta, a principal preocupação é impedir que as chamas avancem sobre o parque nacional, uma área de preservação ambiental.

“Temos a preocupação com a proximidade com o parque nacional. Se passar para lá, vai ser uma tragédia maior. Estamos concentrando esforços nessas áreas para que isso não aconteça”, afirmou o major Mauro Sérgio de Oliveira, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

De uma sala o Corpo de Bombeiros comanda as ações de combate aos novos focos de incêndio, que surgem a todo o momento. Os focos aparecem na tela como pontos amarelos. O Instituto Chico Mendes, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, vai pedir que a Polícia Federal investigue a origem dessas queimadas. Segundo um boletim do instituto, o fogo que atinge parques e reservas ambientais não é uma fatalidade, seria resultado de ações criminosas.

Uma das suspeitas para o incêndio na Floresta Nacional, conhecida como “Flona”, vem da chefe do local. A floresta seria alvo de grileiros. “É simplesmente desolador ver a situação que a Flona está hoje por causa do incêndio. Nós temos vários grileiros envolvidos, pessoas que anunciam no jornal a venda de lotes na Flona que a gente sabe que têm interesse em bagunçar e em tumultuar nossa situação.”, apontou a chefe da Flona, Miriam Ferreira. De acordo com a chefe da Floresta Nacional de Brasília, esse incêndio foi o maior já registrado. O cerrado de Brasília nunca foi tão castigado.

Fonte: G1.Globo.com

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