O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) publicou nesta terça-feira (4) os números consolidados sobre o desmatamento na Amazônia. Segundo o instituto, entre agosto de 2007 e julho de 2008, floresta perdeu 12.911 km² – o equivalente a cerca da metade do estado de Sergipe. O número é 12% maior que o registrado entre 2006 e 2007, quando o desmatamento alcançou 11.532 km².
Em novembro de 2008, o Inpe divulgou que a taxa anual de desmatamento havia sido de 11.968 km². A análise era preliminar, baseada na leitura de 85 imagens de satélites de regiões críticas de devastação. Um novo estudo, desta vez com 334 imagens, revelou que o desmatamento foi 7,3% superior ao estimado no final de 2008.
De acordo com o instituto, a diferença está dentro da margem de erro da leitura, que é de 10%. Anualmente, os dados preliminares são consolidados por um estudo mais detalhado, que costuma apresentar um desmatamento maior, pois analisa imagens que estavam de fora do levantamento provisório.
Apesar da retificação, o desmatamento registrado no período 2007-2008 continua o terceiro menor desde que o instituto começou a monitorar a derrubada da mata, em 1988. A menor taxa foi registrada em 1991 (11.030 km²) e a segunda menor em 2007 (11.633 km²). O pior ano para a floresta foi 1995, quando 29.059 km² foram devastados.
Degradação florestal – A taxa de desmatamento anual na Amazônia é medida pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), que leva em consideração apenas os locais em que a floresta foi completamente destruída – o chamado “corte raso”.
Uma medição anual dos locais onde a mata foi parcialmente destruída – a tecnicamente denominada “degradação florestal” – foi feita paralelamente pelo instituto. O levantamento revelou que a Amazônia tem hoje 27.417 km² de matas parcialmente derrubadas. Esses locais, que em geral já foram explorados por madeireiras, tendem a sofrer queimadas e se transformarem em locais totalmente devastados. (Fonte: G1)