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Projeto estuda biodiversidade do Rio Laranjinha

O ''Levantamento da Biodiversidade do Rio Laranjinha'' teve início em 2010 e deve seguir até 2014; até o agora foram encontradas 90 espécies

Um dos principais rios que cortam o Norte Pioneiro, o Laranjinha, vem tendo a sua biodiversidade estudada atentamente nos últimos anos. O objetivo é catalogar as espécies presentes nos seus, aproximadamente, 350 quilômetros de extensão.

O professor e pesquisador Bruno Ambrozio Galindo, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), que coordena o projeto, lembra que a ideia de concentrar os estudos na biodiversidade surgiu em 2007. ”Eu tinha acabado de chegar à universidade e um professor já estudava parte do Laranjinha (entre Ribeirão do Pinhal e Nova Fátima). As espécies encontradas no estudo motivaram-me a aprofundar as pesquisas”, diz.

De acordo com ele, o objetivo do estudo daquele trecho buscava descobrir a eficácia da escada de transposição feita na Usina da Corredeira. ”Esse trabalho foi concluído em 2008, mas como vimos o potencial do rio com relação a biodiversidade, então iniciei outro projeto, fazer um inventário da ictiofauna (população de peixes) desse rio”, explica.

Intitulado ”Levantamento da Biodiversidade do Rio Laranjinha”, o trabalho teve início em 2010 e deve seguir até 2014. Até o momento foram encontradas 90 espécies. Entre elas, o professor destaca o Dourado e o Pintado, que têm valor comercial e o Pirapitinga – peixe ameaçado de extinção – que no Paraná só havia sido encontrado uma única vez. Uma equipe de 15 alunos de vários níveis de graduação e mais 4 professores, entre eles dois da Universidade Estadual de Londrina (UEL), compõem a equipe de pesquisa.

Para facilitar o trabalho, a coleta foi divida em sete postos: dois em Ventania, um em Figueira, outro em Ibaiti, um em Santa Amélia, um entre Ribeirão do Pinhal e Nova Fátima e um último na foz do rio – entre Bandeirantes e Santa Mariana.

Galindo afirma que o levantamento pretende, além de determinar com exatidão a biodiversidade do rio, estudar a potencialidade genética das espécies ali presentes. Quando o projeto for concluído ele vislumbra duas possibilidades: transformar o Laranjinha em um patrimônio natural do Estado e sugerir a exploração do ecoturismo. ”O Laranjinha é lindo, tem cachoeiras, pode ser usado para o turismo. Queremos com esse projeto que a população que usa o rio tenha orgulho dele”, almeja o professor.

Fonte: Folha de Londrina – Vinícius Fonseca 

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