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Sequenciamento do genoma de peixes brasileiros tem apoio do CNPq

O Tambaqui (Colossoma macropomum) e a cachara (Pseudoplatystoma reticulatum) serão as primeiras espécies brasileiras de peixe a terem seu genoma sequenciado. O genoma é a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA.
O trabalho será realizado pelo Projeto Rede Genômica Animal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que já promoveu importantes avanços no sequenciamento genético de espécies bovinas, suínas e de aves. Um dos objetivos da pesquisa é aprimorar o melhoramento genético dessas espécies e, com isso, obter mais produtividade.

A segunda edição do projeto tem como meta incluir o sequenciamento de caprinos e peixes. Parte dos trabalhos começará em março próximo, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Rede Genômica Animal é coordenada pelo geneticista Alexandre Rodrigues Caetano, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), em Brasília (DF). O sequenciamento dos peixes se dará no âmbito de quatro planos de ação do projeto, que serão liderados por pesquisadores da unidade de Brasília e também da Embrapa Pesca e Aquicultura, sediada em Palmas (TO).

Produtividade – O sequenciamento do genoma no exterior tem possibilitado aprimorar o melhoramento genético de espécies de peixes, o que se traduz em ganhos de produtividade. É o caso da tilápia (Oreochromis niloticus) e do salmão do atlântico (Salmo salar). Entre as possibilidades do trabalho no Brasil está a identificação de genes como os responsáveis pelo crescimento ou pela resistência a doenças, por exemplo. Nesses casos, será possível selecionar exemplares com melhor perfil genético que cresçam mais e sejam menos vulneráveis a enfermidades.

Será a primeira vez que o Brasil realizará a sequência de genomas de peixes. O primeiro pescado a ter o genoma sequenciado no País foi o camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei) no início da década de 2000 e financiado pelo CNPq, Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e governo do Rio Grande do Norte.

Fonte: Ascom do CNPq e Embrapa

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