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Paraná retira primeiro lote de BHC de seu território

Na terça-feira (18) aconteceu a retirada da primeira carga de BHC (hexaclorobenzeno) do Paraná, graças à sanção de projeto de lei dos deputados Luiz Eduardo Cheida e Rosane Ferreira, estimulando que produtores a terem esse agrotóxico proibido em suas propriedades informassem o fato ao Governo, numa auto-denúncia a partir da qual estariam legalmente livres de sanções cíveis, penais e administrativas.

O BHC foi proibido no país há mais de vinte anos, mas muitos agricultores ainda o mantinham em estoque pelo temor de serem penalizados ou por não saberem como dar destinação adequada ao produto. Agora, 14 toneladas do veneno retiradas de 20 propriedades rurais em Mandaguaçu, na região Norte do Estado, vão ser incineradas em Belfort Roxo, no Rio de Janeiro.

Na análise do deputado Cheida, o sucesso desta primeira fase da campanha deve-se à parceria saudável estabelecida entre o Governo do Estado, sindicatos e cooperativas rurais, que a Lei viabilizou.  

“Antes (do projeto de Lei), muitos agricultores, com medo de serem penalizados pelo armazenamento de produto ilegal, conforme prevê a Lei de Crimes Ambientais, mantinham o estoque em sigilo, contaminando o meio ambiente no local onde vivem”, reconheceu o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, ontem na Escola de Governo, transmitida pela TV Paraná Educativa.

O presidente da Federação dos Agricultores do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguetti, participando do programa, contou que foram retiradas três toneladas de BHC de sua propriedade, na região de Maringá. “Estamos orientando todos os nossos agricultores para que não tenham medo de fazer a auto-denúncia, porque a lei foi muito bem discutida por todos os setores”.

A estimativa da Superintendência de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) – autarquia da Secretaria do Meio Ambiente que coordena o Programa de Recolhimento de Agrotóxicos no Paraná – é que existam entre 1,5 e 2 mil toneladas de BHC nas propriedades rurais paranaenses.

Para Cheida, não é possível falar em sustentabilidade ambiental diante do perigo da contaminação do BHC para a saúde humana e para o meio ambiente. “O Governo demonstra preocupação com os agricultores e suas futuras gerações”, registrou. (Fonte: Assessoria de Imprensa)

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