IPEVS

Encontro reforça necessidade da mudança do modelo de educação ambiental

A necessidade de mudança do modelo de educação ambiental é uma das principais discussões do XII Encontro Paranaense de Educação Ambiental (EPEA), que está sendo realizado no Parque Tecnológico da Itaipu, em Foz do Iguaçu.

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, abriu na quarta-feira (14) o Encontro que prosseguiu até sexta (16) e teve como tema central a “Educação para Cultura da Paz e Sustentabilidade Local/Planetária”. O evento reúniu 600 pessoas entre acadêmicos, professores, empresários e gestores ambientais de todo o estado.

O tema do Encontro foi dividido em eixos temáticos com o objetivo de colocar a aprendizagem da educação ambiental como instrumento de transformação.

“Podendo ser implementado em todas as esferas de governo, sistemas de ensino, gestão ambiental pública, empresarial e do terceiro setor. A missão do Programa Nacional de Educação Ambiental é contribuir para as sociedades sustentáveis”, declarou a diretora de Educação Ambiental do Ministério da Educação, Raquel Trajiner.

Entre os assuntos estão: ecopedagogia, educação ambiental por meio das artes, atitudes que transformam, educação ambiental por meio de materiais recicláveis, vivências com a natureza, educação ambiental para conservação de espécies ameaçadas, desenvolvimento de projetos sócio-ambientais, responsabilidade ambiental empresarial, turismo integrado ao meio ambiente, entre outros.

Para o secretário Rasca Rodrigues a educação ambiental hoje não se limita aos bancos escolares e atinge diversos profissionais das escolas, pais, comunidades do entorno e a responsabilidade social do terceiro setor.

“Hoje, a educação ambiental não tem como foco, exclusivo, jovens e crianças e sim, todos os profissionais envolvidos em uma escola. Esta tendência começa a firmar-se do ensino fundamental até o ensino universitário, onde as necessidades de formação profissionais relacionadas com o meio ambiente começam a ficar evidentes em qualquer ramo seja, da ciência, tecnologia, cultura, entre outros”, destacou Rasca Rodrigues.

O secretário citou ainda, algumas ações de educação ambiental desenvolvidas pelo Governo do Estado, como o Programa Paraná Biodiversidade – que capacitou 20 mil pessoas entre agricultores, professores e alunos em 63 municípios de abrangência do Projeto e o Força Verde Mirim, desenvolvido desde 2007 pelo Batalhão de Polícia Ambiental.

Ao todo, 400 crianças integram sete turmas da Força Verde Mirim, criadas nos municípios de Quedas do Iguaçu, Foz do Iguaçu, Telêmaco Borba, Maringá, Matinhos, Paranaguá e Londrina. O projeto seleciona 20 meninos e 20 meninas com boas notas e freqüência escolar para integrar a Força Verde Mirim por um ano. Eles recebem um uniforme semelhante ao dos policiais e participam das aulas sempre aos sábados. A grade escolar do curso inclui noções de fauna, flora, recursos minerais, reciclagem e educação ambiental local. Já o superintendente de Gestão Ambiental, Jair Kotz, citou um exemplo da própria Usina de Itaipu como mudança de paradigma, em relação ao seu papel na educação ambiental da comunidade.

Para a empresária Cássia Ribeiro, da Educare uma das empresas parceiras do EPEA, o encontro representa uma reformulação no pensamento do empresariado em relação à educação ambiental.

A abertura do evento contou com a palestra do professor da Unicamp, Carlos Rodrigues Brandão, que falou sobre a “Educação para Cultura da Paz e sustentabilidade local/planetária”, dando um panorama geral do evento, que tem o mesmo tema.

PARCEIROS – Além do Governo do Paraná são parceiras do EPEA a Prefeitura de Foz do Iguaçu, Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu, Parque Nacional do Iguaçu, Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu, Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Faculdades Anglo-Americano, Eduvivência, Educare, Instituto de Comunicação Solidária (ComSol) e Nativa Socioambiental e com apoio da Universidade Aberta do Brasil (UAB), União Dinâmica de Faculdades Cataratas (UDC), Unifoz, Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental (REASul) e Sanepar.

Deixe um comentário