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Profissões do futuro aliam tecnologia e meio ambiente

Já a aluna Ana Carolina H. Galereni, 8 anos, que quer ser bióloga, poderá ter um futuro brilhante como gerente de eco-relações, desenvolvendo programas de sustentabilidade ambiental para empresas, consumidores, ONGs ou governos.

“Novas oportunidades estão surgindo, é aí que aparecerão com força esses novos profissionais”, avalia o professor do Profuturo, Daniel Estima de Carvalho, um dos coordenadores da pesquisa.

O emprego no futuro também dará maior ênfase à capacidade produtiva e intelectual das pessoas, ampliando a longevidade profissional e exigindo, em contrapartida, um período de formação permanente. Essa tarefa ficará a cargo dos coordenadores de desenvolvimento da força de trabalho e educação continuada, que também terão o desafio de criar soluções em educação para outras faixas etárias.

A superintendente pedagógica de educação infantil do colégio Medianeira, em Curitiba, explica que não existem disciplinas específicas voltadas à preparação de jovens e crianças para essas profissões do futuro. “Mas tentamos trabalhar de forma interdisciplinar com conceitos, como a consciência que envolve a relação do indivíduo com o meio ambiente, a inserção do uso de novas tecnologias no trabalho pedagógico, ou mesmo com o debate sobre biotecnologia e bioética com os alunos do ensino médio”, explica.

Segundo a pesquisa, no mercado de trabalho do futuro a busca pela inovação será um fator decisivo para a competitividade das empresas. Assim, a ênfase no desenvolvimento tecnológico, na educação continuada e na busca por novos conhecimentos vai criar nichos promissores, exigindo profissionais capacitados para transformar novidades em negócios e aplicações rentáveis.

O conceito de sustentabilidade também ganhará força, justificando a atuação de profissionais nas áreas ambientais em busca de soluções de baixo impacto durante toda a cadeia produtiva, incluindo a redução da poluição resultante do descarte final dos produtos.

Há vagas para piloto de astronave

Se a projeção sobre como será o mercado de trabalho daqui a uma década impressiona, o rol de profissões que devem existir no ano de 2030 parece ter saído do desenho animado Os Jetsons ou de algum filme de ficção científica. Segundo estudo da consultoria inglesa Fast Future, feito a pedido do governo britânico, em duas décadas o desenvolvimento da ciência e da tecnologia deve criar novas categorias profissionais como a de pilotos de naves espaciais de turismo, criador de membros humanos, ou advogado virtual.

“Será um tempo em que computadores e robôs devem transformar os campos da medicina e agricultura”, diz o relatório. A produção de alimentos, aliás, deve gerar empregos tanto para os “fazendeiros verticais”, que vão plantar e produzir alimentos em grandes torres nos centros das metrópoles, quanto para os “agricultores recombinantes”, especialistas na produção de organismos geneticamente modificados.

Com os avanços na medicina, será possível inventar e produzir novos membros orgânicos, sintéticos ou mistos – com auxílio da robótica e da nanotecnologia –, estabelecendo novos limites para o corpo humano. Essa tecnologia também poderá ser usada por equipes esportivas e com fins militares.

Com o direito internacional se sobrepondo cada vez mais ao direito nacional, advogados serão necessários para lidar com casos que envolvem pessoas que vivem em vários países com legislações diferentes. Tudo isso no mundo on-line.

Além disso, em 2030, as viagens espaciais também já serão uma realidade, expandindo as fronteiras do turismo. Isso vai exigir a formação de pilotos, guias turísticos e engenheiros. O sonho de ser astronauta, portanto, será perfeitamente factível.

Fonte: Ambiente Brasil

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