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Fim das Sacolas Plásticas em Cornélio Procópio

O Vereador Ricardo Leite reuniu na última segunda-feira (23/05/11) representantes do comércio, representantes de bairros, Universidades, IAP, imprensa, entidades ambientalistas e catadores de material reciclável no plenário da Câmara Municipal da Cidade no intuito de delinear e discutir a elaboração de projeto de lei ambiental com relação a utilização de sacolas plásticas.

Na segunda pauta da reunião, o projeto do Vereador prevê a proibição total do uso de sacolinhas plásticas, porém não sendo descartada na discussão, a proibição da distribuição, mas com autorização de comercialização.

O vereador apresentou alternativas para substituição das sacolas plásticas lembrando como era no passado, sacos de papel, caixas de papelão, sacolas ecobags (produzidas de algodão cru, lona e outros materiais) e sacolas de plástico biodegradável. Comentando que a necessidade de diminuir o consumo é essencial para preservação do meio ambiente, pois sacolas têm um alto custo para reciclagem, o que não é viável para as empresas, principalmente quando comparadas as garrafas pet comumente recicladas.

Questionado sobre onde armazenar o lixo orgânico o qual geralmente utilizamos as sacolinhas como recipiente, o vereador esclareceu que os sacos de lixo continuariam sendo vendidos.

 Lívea Samara Bióloga e Diretora Administrativa do IPEVS, esclareceu sobre uso das sacolas oxibiodegradáveis que usa como degradadores agentes químicos, sendo estes contaminantes. Abordoou que o uso de sacolas biodegradáveis provenientes de material vegetal (amido de milho, entre outros) seria uma opção menos poluente o qual os consumidores teriam a opção de compra, além das ecobags, e caixas desmontáveis, que ocupam menor espaço dentro dos automóveis quando não estão sendo utilizadas. Ressaltou também a necessidade de alinhar o bem estar humano, com a comodidade e o meio ambiente, trabalhando de forma benéfica para ambos.

Inúmeros são os motivos para elaboração de projetos de lei relacionados com a abolição das sacolas plásticas. Atualmente, a sacola é distribuída gratuitamente, o que gera a sensação de custo zero para o consumidor. Porém mascara a realidade do alto custo ambiental.

Muitas sacolas depois de descartadas, acabam em rios, lagos e oceanos, onde são confundidas com alimento e ingeridas por animais, causando a morte de mais de 100 mil por ano, em todo mundo. Quando descartadas de maneira incorreta, as sacolas plásticas poluem cidades e entopem bueiros, agravando situações de desastres como alagamentos e enchentes. Para sua confecção são utilizados recursos naturais não renováveis como o petróleo e gás natural, além da água e energia, e ocorre a liberação de efluentes e gases tóxicos, alguns dos quais contribuem para o efeito estufa.

Sacolas plásticas levam de 100 a 400 anos para se degradarem, tornando os lixões e aterros impermeáveis, dificultando a biodegradação de recursos orgânicos. Atualmente no mundo são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano. No Brasil, estima-se um consumo de 41 milhões de sacolas plásticas por dia, 15 bilhões por ano.

Ricardo Leite destacou que será de extrema necessidade novos encontros com as entidades para delineação do projeto, pois se tratam de assuntos polêmicos os quais exigem estudos e discussões.

 

UTFPR, representantes do comércio, representantes do Vida Verde e representantes dos bairros
UTFPR, representantes do comércio, representantes do Vida Verde e representantes dos bairros

 

Participantes da reunião
Participantes reunidos no plenário da Câmara

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