Segundo Adalberto Dourado, técnico ambiental que participou das operações, a caça era comercial, e a carne seria vendida em Guajará e Cruzeiro do Sul (AC). “Até pela quantidade (apreendida), não era para consumo próprio. Uma das pessoas que foram pegas contratou outra por R$ 50 para trabalhar por 15 dias (na caça). É um autêntico traficante de carne de animais silvestres”, afirma.
Duas pessoas foram presas, mas vários outros caçadores fugiram dos fiscais, abandonando equipamentos e carne na floresta.
Caça com cachorros – A carne de caça é muito apreciada na região, inclusive nas cidades, informa Dourado. Ele conta que o Ibama não age quando a quantidade é pequena e os animais são mortos para sustento das famílias. “O que a gente coíbe é a comercialização e a caçada com cachorros. Quando o cachorro é bom, acaba com a caça, e quando é ruim, espanta os animais da região”, explica.
A carne apreendida na operação do Ibama foi doada entidades filantrópicas de Cruzeiro do Sul. Os jabutis vivos foram devolvidos à natureza. (Fonte: Iberê Thenório/ Globo Amazônia)