IPEVS

Iguana encontrada nos Correios será encaminhado a instituto em Cornélio Procópio

Filhote estava sem nenhum alimento, preso em uma meia, dentro de um recipiente plástico furado em um pacote dos Correios

O filhote de iguana encontrado em uma embalagem dos Correios, no final da tarde de ontem, já tem um novo lar, onde vai receber todos os cuidados necessários. O animal será encaminhado pela Polícia Ambiental ao Instituto de Pesquisa em Vida Selvagem e Meio Ambiente (Ipevs), em Cornélio Procópio, região Norte do Paraná.

O pequeno iguana foi identificado por funcionários da Central de Distribuição dos Correios de Londrina. Eles suspeitaram do conteúdo do pacote ao passá-lo pelo scanner. Quando abriram a caixa, encontraram o filhote, de aproximadamente 20 centímetros.

“Era uma encomenda vinda de São Paulo, capital, destinada a uma cidade do Norte do Paraná. Não estamos divulgando o município por causa das investigações”, informa o capitão Ricardo Eguedis, comandante da 2ª Companhia da Polícia Ambiental, acionada pelos funcionários que encontraram o iguana.

O animal estava sem nenhum alimento, preso em uma meia, dentro de um recipiente plástico furado. Havia também um jornal úmido, para manter a umidade relativa do ar e evitar uma desidratação extrema. “É uma técnica que os criminosos usam, para ele não se mexer. Mesmo com o papel molhado, ele corria risco de morte”, acrescenta Eguedis.

“O que ocorre é que esses animais são comprados pela internet ou nas redes sociais. Mas eles crescem e podem chegar a 1,80 metro, mudam de cor e as pessoas não sabem o que fazer depois, acabam abandonando. O que pedimos é que a população não compre esses animais de maneira errada”, complementa o comandante.

De acordo com o biólogo e veterinário do Ipevs, Rafael Haddad, o iguana encontrado é natural das regiões norte e Nordeste do Brasil, onde também é conhecido como calango. “Aparentemente ele está bem, o peso está normal e não vimos nenhuma escoriação. Agora será reidratado, alimentado e vai receber luz solar, que é fundamental para o crescimento”, afirma. “É um animal silvestre, que precisa de umidade. Como ele não é da nossa região, a gente não pode soltar na natureza. Ele ficará em cativeiro, recebendo todos os cuidados.”

Utensílios utilizados para transportar ilegalmente o Iguana. Foto: Lívea S. Almeida

Investigações

Segundo o capitão Eguedis, o transporte ilegal do iguana configura tráfico de animais silvestres e pode render de multa a prisão aos infratores, seja para quem compra, seja para quem vende. “Ainda não podemos afirmar, pois as investigações é que nos dirão, mas geralmente essa prática está associada à comercialização”, completa.

Fonte: Flávio Augusto – Jornal de Londrina  http://www.jornaldelondrina.com.br/cidades/conteudo.phtml?id=1200485

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