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Cientistas descobrem inseto cego que vive quase 2.000 metros abaixo da superfície

Nenhum outro animal terrestre, segundo os pesquisadores, vive a uma profundidade tão grande. Outras três novas espécies também foram catalogadas durante expedição

Pesquisadores espanhóis identificaram um inseto que vive na maior profundidade já registrada entre os animais terrestres: 1.980 metros abaixo da superfície. O artrópode, de nome científicoPlutomurus ortobalaganensis, não tem asas nem olhos e vive em total escuridão.

O animal foi descoberto durante uma expedição realizada em 2010 pelos pesquisadores Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, em Portugal, e Alberto Sendra, do Museu de Ciências Naturais de Valência, na Espanha, pela caverna Krubera. Localizada na região de Abecásia, próxima ao Mar Negro, ela é a única caverna do mundo com mais de dois quilômetros de profundidade.

Os pesquisadores encontraram ainda outras três novas espécies de insetos: Anurida stereoodorataDeuteraphorura kruberaensis e Schaefferia profundissima. Os zoólogos Rafael Jordana e Enrique Baquero, da Universidade de Navarra, na Espanha, são os responsáveis por identificar e descrever as espécies. A descoberta foi descrita em artigo publicado na revistaTerrestrial Arthropod Reviews.

Os quatros animais descobertos desenvolveram características específicas para sobreviver em condições extremas, como ausência total de luz e baixa disponibilidade de recursos alimentares. “Em resposta a estas condições, nenhum dos animais possuem olhos ou pigmento”, diz Enrique Baquero. “Eles se alimentam de fungos que crescem sobre a matéria orgânica das cavernas.”

Plutomurus ortobalaganensis
Espécie descoberta na caverna Krubera, próxima ao Mar Negro, catalogada cientificamente como Plutomurus ortobalaganensis (Universidade de Navarra)

Fonte: Veja Ciência

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