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Nova espécie de crustáceo é encontrada na Nova Zelândia

Grande diversidade genética do gênero ‘Rhachotropis’, semelhante ao camarão, surpreende cientistas

Cientistas de diferentes países identificaram uma nova espécie de crustáceo do gênero chamado Rhachotropis, semelhante ao camarão. A descoberta foi feita em mares próximos a Nova Zelândia e publicada no periódico PLoS ONE.

A nova espécie recebeu o nome deRhachotropis novazealandica, em homenagem ao país em que foi descoberta. É o quinto membro da mesma família a aparecer no Hemisfério Sul nos últimos dois anos.

“Nós estamos indo a áreas para onde ninguém nunca olhou antes. Assim, encontrar uma espécie nova é até bastante esperado”, explica a Dra. Katrin Linse, uma das autoras do estudo.

Esta é a primeira vez que cientistas analisam o DNA de espécies deRhachotropis, em vez de apenas suas características físicas, a fim de tentar traçar relações de parentesco entre seus membros. A equipe encontrou mais diferenças entre as espécies do que o esperado, o que sugere que muitas espécies desconhecidas ainda podem ser descobertas.

A pesquisa chegou à conclusão de que nem todas as espécies deRhachotropis que vivem na Nova Zelândia têm um antepassado comum. Os animais que vivem em águas de profundidade média desta região são mais parecidos com os do outro lado do mundo, do Oceano Ártico, do que seus próprios vizinhos que vivem logo abaixo deles, em águas mais profundas. “Este é um padrão diferente do que esperávamos”, diz a pesquisadora.

Espécies do gênero Rhachotropis vivem praticamente ao redor de todo o mundo, dos polos aos trópicos e das águas costeiras rasas ao mar profundo. Os pesquisadores querem entender como as criaturas do fundo do mar se espalharam e se adaptaram a novos habitats, e a incrível distribuição dos Rhachotropis torna o gênero ideal para tal tipo de estudo.

Rhachotropis – Este grupo de espécies é bastante semelhante aos camarões, mas seu tamanho é bem menor – o mais novo membro descoberto mede apenas 17 milímetros de comprimento. As primeiras espécies foram identificadas ainda no século XVIII e, entre as 60 já descobertas até hoje, a maioria vive em águas rasas. Isso ocorre porque espécimes que vivem em águas profundas são mais difíceis de serem encontradas. “Há muito trabalho a ser feito. Nós sabemos mais sobre a Lua do que sobre águas profundas”, diz a bióloga marinha Linse.

Detalhes da nova espécie, Rhachotropis novazealandica
Detalhes da nova espécie, Rhachotropis novazealandica (Anne-Nina Lörz / Katrin Linse / Peter J. Smith / Dirk Steinke)

Fonte: Veja Ciência

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