O governo estadual paranaense começa a resolver um problema ambiental histórico, referente a agrotóxicos deixados em propriedades rurais a décadas. O Projeto de Devolução do BHC e Agrotóxicos Obsoletos envolve Governo do Paraná, Seab, Emater, Iap, Ocepar, Faep, Senar, inpEV e Instituto das Águas do Paraná,
Por ser o primeiro município da região de Cornélio Procópio a abrigar o projeto, representantes de diversas entidades estiveram em Assaí na manhã de sexta-feira, 23/03, durante reunião no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Segundo Maurílio Soares Gomes da EMATER “A região de Cornélio Procópio, integrando 23 municípios, realiza esta atividade de coletiva a imprensa para dar conhecimento a sociedade do destino a 70,9 toneladas de BHC e 19,8 toneladas de agrotóxicos obsoletos, existentes e cadastrados por 165 agricultores, na 1ª fase ocorrida e regulamentada pela lei estadual 16.082-2009.”
Com o Projeto de Devolução do BHC e Agrotóxicos, o governo paranaense tenta resolver um passivo ambiental que se arrasta há vários anos. Em 2001 o Estado havia feito um levantamento para mensurar o dano, no entanto o passo mais significativo vem acontecer somente agora, apesar da proibição da utilização do BHC ainda em 1985.
O IPEVS se fez presente nesta coletiva por meio de seu presidente, o Médico Veterinário Rafael Haddad. Segundo ele, é importante que os colegas veterinários e zootecnistas que trabalham na área rural conheçam os riscos que o BHC e demais agrotóxicos obsoletos oferecem a saúde dos rebanhos e dos seres humanos, e orientem os proprietários rurais na correta destinação destes produtos. Rafael Haddad relatou ainda o fato do produto se acumular ao longo da cadeia alimentar e permanecer no meio ambiente por muitas décadas, fato este que pode gerar ocorrências de intoxicações de animais em áreas onde esses produtos não foram corretamente armazenados.

Fonte: Ascom IPEVS com informações da Delegacia Regional do CRMV de Cornélio Procópio