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Na Amazônia, projeta luta pela preservação do gavião-real

Pesquisadores tentam conhecer melhor os hábitos da ave.
Em muitas regiões já é difícil encontrar o animal na natureza.

O ninho está a quase 40 metros de altura. Para chegar bem perto, são necessárias técnicas de esportes radicais. Lá de cima, os pesquisadores têm uma visão privilegiada do filhote ainda com as penas todas brancas.

Setenta ninhos de gavião-real já foram mapeados na Amazônia. Dez deles estão com filhotes.

Redes colocadas embaixo dos ninhos ajudam a coletar restos de presas do gavião. Assim, os pesquisadores podem conhecer os hábitos alimentares do predador.

O gavião-real é uma ave poderosa, capaz de carregar presas com quase o próprio peso. Uma fêmea adulta pode chegar a mais de dois metros de envergadura e quase 10 quilos.

Este ano, o projeto Gavião-Real recebeu quatro animais resgatados da natureza. Um macho foi entregue em um posto da Polícia Militar do Amazonas. No viveiro, ele passou por exames médicos e biométricos. É um jovem com aproximadamente dois anos, 1,77 metro de uma ponta da asa a outra e que pesa cinco quilos. Depois de quase dois meses em cativeiro, o animal está pronto para voltar à natureza.

A ave vai carregar nas costas uma pequena mochila com um radiotransmissor VHF. Os sinais vão permitir que os pesquisadores acompanhem os primeiros meses em liberdade e saibam se ele está se adaptando à nova vida.

O gavião é colocado em uma caixa e transportado até uma reserva a 43 quilômetros de Manaus. Depois de um momento de hesitação, finalmente levanta voo e reencontra a floresta, mas continua sob a vigilância dos pesquisadores, que agora só vão poder olhá-lo de longe.

Fonte: Globo Rural

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