A espécie Colaptes campestris conhecida popularmente como pica-pau do campo ou chã-chã, ocorre desde o nordeste do Brasil ao Uruguai, podendo ser avistado também no Paraguai, na Bolívia, na Argentina e no baixo Amazonas, inclusive no Suriname. Sendo existentes duas subespécies que se distinguem pela cor da garganta. C. campestris campestroides de cor branca e C. campestris campestris de cor negra. Espécie terrícola, comum nos campos e áreas onde existem perturbações antrópicas. Alimenta-se de insetos, principalmente formigas e cupins. A secreção de sua glândula mandibular é como uma cola que faz com que a língua funcione como uma vara de fisgo para capturar os insetos.
Após o último forte temporal em Cornélio Procópio, no fim do mês de outubro, o professor de artes marciais Junior Vidal encontrou um filhote Pica-pau do Campo caído do ninho na região central da cidade. Júnior cuidou inicialmente do animal e posteriormente entrou em contato com a equipe do IPEVS para que a mesma fornecesse os cuidados e desse o destino adequado à ave.
Quando filhotes, os pica-paus do campo são alimentados com bolas de insetos e larvas de cupins, regurgitadas pelos pais. Quando não estão em ambiente natural, recebem como alimentação uma mistura própria para aves. O pica-pau do campo continua sob os cuidados da equipe do IPEVS, sob os cuidados atentos de Renata Alfredo e Mayara Almeida, e passa bem, tendo ganhado peso e terminado o empenamento. A espécie não se encontra entre aves ameaçadas de extinção e tão logo aprenda a alimentar-se sozinha, será encaminhada para a reabilitação.

Confira aqui o vídeo do filhote sendo alimentado: http://www.youtube.com/watch?v=V1C-PLpjJxc
Fonte: Ascom IPEVS